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quinta-feira, 8 de março de 2012

Quilombo em Gurupa... Organização e luta pelo reconhecimento da RAÇA e Legalização da Terra.



Breve histórico de trabalho 
A área da ARQMG, é composta por 10 comunidades, que totalizam 512 famílias, 04 Associações de produtores e 10 Delegacias Sindicais, sendo suas casas distribuídas ao longo dos igarapés, algumas vilas ou pequenos agrupamentos.
Percebe-se um processo de criação ou mesmo divisão de duas comunidades, criando-se assim outras duas novas comunidades, uma no Alto Rio Pucuruí, por influencia de questões religiosas1, e outra no Camutá do Ipixuna por influencia política, que dividiria a comunidade de Santo Antonio do Camutá do Ipixuna em duas – a vila Canta Galo, sede da atual comunidade e a vila Terra Preta como uma nova comunidade, ambas católicas.

A Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos de Gurupá - ARQMG encontra-se em processo de ampliação de seu território, com isto sua área, que atualmente é 83.437,1287 hectares, passará para aproximadamente 90.000 ha, com a inclusão de novas áreas e novas famílias que não foram incluídas no momento da titulação original, devido à contra-informação por parte do governo municipal da época, que era contra a mobilização dos quilombolas.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gurupá nos quilombolas é representado na área por 11 delegacias sindicais. Uma vez por ano o STR de Gurupá realiza o “Sindicato Itinerante”, onde os diretores do sindicato se deslocam pelas comunidades realizando os serviços que realizam em sua sede. As atividades desenvolvidas pelo Sindicato e suas delegacias referem-se à organização dos trabalhadores, resolução de possíveis conflitos, apoio às associações, e encaminhamento de benefícios previdenciários entre outros.
Em cada comunidade existe uma capela para celebração do culto, e um barracão comunitário onde são realizadas as reuniões e festas religiosas. 
As comunidades estão organizadas através de uma coordenação composta por um dirigente, um secretário e um tesoureiro, com mandatos que variam de acordo com a comunidade, não existindo um prazo estipulado pela Igreja.  A coordenação é responsável pela organização dos cultos aos domingos, catequese das crianças e preparação dos festejos do padroeiro da comunidade, entre outras atividades como, por exemplo, a resolução de possíveis conflitos.

História de trabalho da Associação:

A Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos de Gurupá - ARQMG, hoje legalmente constituída de fato e de direito que representa 10 comunidades de remanescentes de quilombos com 512 famílias sócias totalizando em média 2.700 pessoas no geral, oriundas das comunidades: Arinhóa, Gurupá-Miri, Jocojó, Flexinha, Carrazedo, Santo Antonio do Camutá do Ipixuna, São Pedro do Baca do Ipixuna, São Francisco do Ipixuna, Quadragular do Ipixuna e Quadragular do Alto Pucurui. Criada após vários momentos de discussões entre comunitários assessorados pelo STR e Igrejas. Ressalta-se que foram vários anos de discussões, dentre as comunidades envolvidas e entidades no contexto fundiário. Felizmente, em de julho de 2000, o Governo do Estado do Pará, através do ITERPA, com base no Art. 68 do ato das disposições Constitucionais Transitórias, concedeu o Título de RECONHECIMENTO à mesma. Hoje a Associação é referência de organização no contexto local, tem se destacado como um grande instrumento de mobilização social. A Conscientização política, social, e a busca por uma sociedade mais justa, são fatores que vêm dando suporte no desenvolvimento das atividades que visam contribuir com projetos sustentáveis como, por exemplo: planos de uso dos recursos naturais, inseridos no Programa de Financiamentos de projetos para a Agricultura Familiar do Governo Federal.



Joarle_@hotmail.com

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